dezembro 01, 2009

fly, fly...

(pintura de Sara Vieira, minha filha)



E por vezes
os sonhos cansados
sentam-se
na espera
do impulso
breve
breve
que os
faça voar


E por vezes
há um não sei quê no ar
assim
assim
que faz o coração num tropeço
em desgosto
desertar


E por vezes
na pele dela
na mão dela
só com ela
num aperto
sem acerto
uma borboleta
flutua fixa
sem sonhar voar


Voa tu
borboleta
vai

deve haver uma maneira de te soltares


(Maria)

1 comentário:

Nilson Barcelli disse...

Devias escrever mais vezes poemas... adorei este, como aliás todos os outros que li. Deve haver maneira de te soltares...
A tua filha pinta bem, nem tinha reparado antes (ou esqueci-me...).
Um beijo grande, minha querida amiga.