(de April Gornik storm of sea) |
falta sol na minha varanda
falta também a varanda
faltas-me tu
partiste sem dizer nada
de madrugada
e do lado de cá
fiquei eu
questionando estrelas
indagando luas
agora tuas
e a vida adiante
sempre
as estrelas oscilando mudas
as luas desabando nuas
nas minhas ruas
em ritmo de espera
conto
reconto
o tempo na tua ausência
e deslizo
fundo
nas franjas líquidas das saudades
porque
falta sol na minha varanda
falta também a varanda
faltas-me tu
mãe
(maria)
4 comentários:
Faço minhas, Maria, todas as suas palavras. Também a minha Mãe me falta. E o meu Pai. E com eles a minha Vida.
beijo fraterno e solidário
Cheguei, ví e gostei.
Fazendo minhas, as palavras do "Lobinho" que as fez da Maria...bem... Espero que não me venham cobrar direitos de autor... Faltas-me tu, faltam-me eles, faltam-me todos os que não estão comigo, mesmo até os presentes... e por falar em presentes, este teu luar é cá um presente... beijinhos
Dulcineia
Maria,
são sentimentos que partilho. Não sei do colo de pai ou mãe, que fizeram há muito a caminhada... resta a estrada que nos indicaram e a certeza de que, ainda que não palpáveis, são presença em nossas vidas. Para sempre.
Bem-haja pelo poema.
Beijo
Mel
Há faltas que nunca se superam, não é? Felizmente esta não a sinto e não a queria sentir nunca mas não depende da nossa vontade...
Lindo poema!
Tens um desafiozito no meu blog:)
Beijinhos
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