como a ousadia
súbita do trovão
em tarde sôfrega de Verão
Traz-me o teu sabor
o teu odor
Traz-me os teus braços
em abraços
a tua pele ondulada
mapeada
Traz-me o teu desejo
os meus sentidos
navega no meu ventre feito rio
vem calar com um beijo
um grito sem abrigo
Traz-te todo
Traz-nos a nós
sem aviso
Perdido o rumo
loucos
desprotegidos
mentimos tudo o que for preciso
esquecemo-nos os dois no improviso
(maria)
1 comentário:
Maria, voltei para a ler (agora sim, acho que já li tudo o que aqui nos deixou).
Saio grata e muito agradada. Da prosa à poesia, um fino recorte.
Fraterno abraço
Mel
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