imagem: Lorenzo Mattotti |
como vês
o que nos separa
não é o vermelho
ou o tempo
nem mesmo a distância
porque não?
porque sim
como se.
pois será
como se
marés
finitas
as de ontem
as seguintes
infinitas
não e sim
agora
depois
muito
muito
demais
como se
não existisse
o pássaro
a asa
o voo
o verde
a asa
o voo
o verde
o azul
o cada dia
eterno de tão terno.
como se
o quase fosse tudo
e ainda assim mais
(maria)
5 comentários:
Muito bonito... Singelo e intenso, ao mesmo tempo. Monólogos assim são tão deliciosos que fazem com que várias conversas não apeteçam...
Maria, fico contente que tenha voltado a publicar - a sua escrita merece que a publique.
beijinho
Mel
Olá Mel!
Muito feliz com a sua presença...não mereço...sou muito pouco confiável nesta coisa de escritas...
Muito obrigada!
beijinho
Maria
O Vermelho e o Preto da imagem lembra-me o Stendhal proibido da minha infância, ao qual voltei adulta/adúltera... Voltaste também tu ao versejar de respiros; quem dera que a troika e seus obedientes servos assim soubessem respirar...
Lou
Lou, Luzinha...só o Stendhal e a tua nespereira...onde permanecem em espera as nêsperas e eu também... :)
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