agora que a tempestade amainou
e os ventos ficaram quentes
Vou
feita espuma
e sal
e onda a saltitar na areia
a mergulhar na vaga
Parto
serena
os pés descalços
os braços abertos
vestida de mim
Deixo o antes
esqueço o depois
transporto o agora
Busco sorrisos ciganos
atrás das brumas que já esvoaçam
Desfaço-me das lágrimas
deixo-as a morrer no mar
Devolvo o som às palavras
risco a palavra desamor
e reescrevo amor
Reinvento a viagem
reinvento-me a mim
num novo amanhecer
infindo e manso
Numa outra razão
lanço de novo a minha alma a voar
e renasço
Liberta da saudade
parto
(maria)
(Imagem de Joana N.)
2 comentários:
Muito bonito.
Saudações Fraternas..
Saudações para si...Azoth.
Obrigada pela visita.
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